Rebocar um barco na água é uma atividade relativamente complexa, que demanda algum conhecimento de técnicas e métodos de reboque, além de equipamentos adequados.
A necessidade de se rebocar outra embarcação acontece com muita frequência, mas nem sempre estamos preparados para realizar uma operação confiável com segurança para as embarcações e seus tripulantes.
A CSL Marinharia traz aqui a técnica mais usual para uma operação de reboque.
Antes, porém, seguem algumas regrinhas importantes para se realizar um reboque seguro:
- Tenha coletes suficientes para o nr de pessoas a bordo nos 2 barcos.
- Tenha uma faca/canivete bem amolada a bordo dos 2 barcos ou pelo menos do barco a ser rebocado.
- Tenha também no rebocador um remo e um crock para eventualidades.
- O barco rebocador deve levar uma pessoa além do piloto para ficar de observador atento aos detalhes da operação.
- Use rádio para se comunicar durante o reboque. Na falta dele, eleja sinais manuais para definir ações básicas como “tirar motor”, partir, acelerar mais, acelerar menos, etc.
- Se for o reboque planejado, certifique-se que as condições de mar e tempo são boas para a realização de uma operação segura. Não se arrisque. É melhor desistir do que se arriscar!
O barco rebocado deve ter uma âncora com cabo suficiente para não ficar a deriva no caso de uma emergência e/ou interrupção da operação de reboque.
Equipamentos indispensáveis a bordo
Rebocando um barco pela popa
- O reboque pela popa é indicado para longos percursos e para operações em mar aberto.
- O comprimento do cabo de reboque influencia na capacidade de absorver os impactos (quanto maior, mais absorve). Todavia, cabos muito longos dificultam o controle. Cabos muito curtos aumento o risco de abalroamento do rebocado no rebocador.
- Use os dois cunhos da popa do barco rebocador. Certifique-se que estão em boas condições e bem fixados a estrutura do casco.
- O barco rebocado será amarrado ao cabo de reboque pelo cunho central da proa. Certifique-se também se o cunho está bem preso à proa.
- Use um cabo confiável, em bom estado de conservação, de preferência que flutue e que sua resistência seja compatível com o esforço que irá despender no reboque.
- Se o reboque for planejado, é recomendável usar uma âncora de mar (Drogue) para a estabilidade do barco rebocado. Quando o barco rebocador reduz ou cessa a força do seu motor, o “arrasto” provocado pela ancora reduz a velocidade de “seguimento” do barco rebocado, evitando o choque entre os barcos.
- Inicie a operação partindo com aceleração baixa e cuidando para que o cabo principal seja “pagado” (lançado n’água) a medida que o rebocador se distancie do rebocado. Essa prática evita que o cabo se enrosque no hélice do rebocador. Controle a aceleração e mantenha sempre o cabo esticado.
- O tripulante que está no rebocador deve informar SEMPRE como está a tensão do cabo e como está se comportando o barco rebocado.
- Quando estiver perto do destino, lembre-se que o barco rebocado não tem freio e que ele permanece “no seguimento” por um bom tempo e por isso, você deve reduzir o motor gradativamente para que os dois barcos reduzam suas velocidades com bastante antecedência antes de parar.
- Ao parar completamente o rebocador, instrua o seu “auxiliar” a esperar o rebocado que vem logo a seguir pela popa.
A CSL Marinharia desenvolveu um cabo de reboque que o batizou de Y-Boat-to-Boat. Veja abaixo a foto do cabo e o desenho esquemático.
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